quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Divagações...

Após uma conversa meio atabalhoada que tive recentemente, mais outras um pouco mais sérias, inúmeras séries televisivas que me ajudam a relaxar o corpo e ocupam o cérebro com coisas que não sejam de trabalho ou universidade e ainda com o livro quase a meio, dei comigo a pensar...
(As coisas que uma pessoa faz só para não trabalhar...)
Será o Amor um sentimento tão fútil e efémero que não resiste às provações da vida moderna ou, pelo contrário, continua a ser o sentimento pelo qual regemos as nossas vidas até ao último instante?
Palhaçadas da minha cabeça, claro! Hoje em dia, só os tolos é que pensam e divagam sobre estas coisas porque as pessoas normais têm mais o que fazer à sua vida...mas adiante.
Este ano estou numa escola secundária, com turmas do 10º e 11º anos. Ao olhar para aquelas criaturas, magnificas e com um sentido de humor um pouco dúbio, enamoradas, de mãos dadas a trocar juras de amor eterno e, na semana seguinte, de novo de mãos dadas, a trocar as mesmas juras de amor eterno mas com uma pequena diferença da semana anterior, a outra parte já não é a mesma que eu havia avistado...
Ao ler o livro do momento, "do meu momento" em que são descritos casamentos por conveniência (tipo as lojas que agora há, onde vamos buscar o que mais nos faz falta...), onde o amor era um sentimento reprimido e El Rei aprovava, ou não, os casórios arranjados e combinados pelos paizinhos dos respectivos consoante os seus interesses (fossem eles económicos ou de título de nobreza), pus-me a comparar a realidade da altura com a realidade que veja diariamente na escola e com a minha própria realidade...
No livro, Joaquim Pedro luta contra o poder da realeza, contra as intrigas de um nobre falido que quer, desesperadamente, casar a sua filha (que não devia ser nada bonita por sinal), contra toda a sociedade do século XIX (uma data de cuscos que só estavam bem a cortar na casaca de toda a gente), contra "mundos e fundos" por um amor que lhe é proibido, mas um amor verdadeiro, um amor que resiste e supera tudo.
Pensando que, naquele século, as pessoas casavam aos 16 ou 17 anos de idade e que hoje em dia, com a mesma idade somos (digo somos porque eu também fui uma delas) uns inconscientes com promessas vãs de um sentimento eterno do qual ainda não sabemos a "missa a metade".
Ao olhar para trás, relembro os dias de liceu em que fiz as minhas juras, recebi promessas... algumas delas em carta (que ainda guardo com carinho), e vejo o meu hoje...
A passos largos de entrar no último ano dos "20", levo um monte de relações fracassadas, desistências, zangas e discussões, mas também momentos muito bons e felizes (claro!) e é exactamente tudo isto que me fez pensar sobre o Amor...
O que é que se passa com o pessoal de agora que trata o amor como se fosse um lenço de papel? Acabou-se o ranho, por isso não preciso ter lenços na carteira??? Não digo, com isto, que o amor seja eterno, mas há que tratá-lo bem, cuidá-lo e sim, fazer cedências... Não só um nem só o outro...os dois! Seremos assim tão egoístas que queremos sempre que seja o outro a ceder e nós nada? Que raio de amor é esse!? A outra pobre coitada do livro, viu o nome da familia ser arrastado pelo chão, quase a serem todos deportados para Itália porque lá o condezito tinha casamento prometido com uma feiosa qualquer...mas ela não se importou porque sabia que tinha, da outra parte, alguém que também fez de tudo e aguentou o diabo só para ficar com ela...por aquele amor amaldiçoado por todos, por aquele formigueiro na barriga quando há troca de olhares, quando há um momento de cumplicidade, de ternura,de Amor...
Ao longo das minhas (poucas) leituras de época, tenho vindo a amadurecer o conceito de "Amantes" e, na realidade, amante é aquele que ama...não aquele que faz sexo às escondidas. Os amantes de outrora sofriam p'ra caraças...mas lutavam pelo que queriam, não se deixavam vencer, não aceitavam um "Amo-te" e deixavam-se ficar a ver no que dava... iam à luta... Amavam!!!

E no fim de tanta treta... dou comigo a pensar...
"É preciso coragem para querer ser feliz!" - Bolas... tanta lábia e tanto trinta e um quando a resposta à minha inútil divagação estava no título do meu blog... sinto-me frustrada!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

De volta...


De regresso a estas andanças de blog! :)

Após um período de "isolamento" (que não teve nada a ver com a famosa gripe que por aí anda), decidi voltar à carga.

Entre o trabalho, conflitos pessoais e sentimentais, leituras técnicas sobre a surdez, uma nova formação e um número infinito e coisas que me fizeram ausentar e que mal me deixam tempo para me estender no sofá e relaxar, encontrei tempo (é pouco mas enfim...) para me dedicar a outras leituras.

Comecei ontem a ler um novo livro... a verdade é que o comprei pela capa e pelo título... mas que me está a cativar e a interessar. Chama-se "O Milionário de Lisboa" de José Norton. Uma biografia romanceada do Conde de Farrobo que, pelos vistos, era grande senhor da nossa praça no séc. XIX...

Volto em breve com a minha opinião sobre este "grande senhor" e sobre o livro que, desde ontem, me tem tirado horas de sono...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ai que nervos....

É nesta altura do ano que tudo se decide. O telemóvel toca vezes sem fim.

Amigos com colocação, outros ainda sem nada e outros ainda com poucas perspectivas de ficarem seja onde for...

Ontem fui à DGREH, para além de seca que lá apanhei e dos nervos a fervilhar, dei comigo a olhar em volta. Uma sala cheia de rapazes e raparigas (mais ou menos todos da mesma idade), todos a queixarem-se de que não apareciam nas lista. Observei tudo e todos ( já que não tinha mais nada para fazer) e percebi que devia ser a única a ão ser efectivamente docente.

Com a abertura dos concursos de ofertas de escola, é a minha vez de ficar com os nervos à flor da pele.

Decidi que vou concorrer para todo o lado, todo o país... de norte a sul, não vou perder uma oportunidade, só espero ficar colocada em algum sitio...

Estas incertezas e este stress...

Ai que nervos que me dá!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que é Nacional é bom!

As férias ainda não acabaram e eu também ainda não tive descanso. De facto, este ano foi um dos anos que mais desbundei e que mais me diverti...





Desde o Minho ao Algarve, este cantinho à beira mar plantado é um espectáculo! As praias algarvias com seu mar azul e àgua tipo "sopinha" fizeram as minhas delícias durante uma semaninha (e que semaninha!!!), os ares do Oeste, a beleza da paisagem e calmaria Alentejana (onde só se ouvem passarinhos e ovelhas... uma calma que até dá nervos! Lol), o encanto magnífico da BELA cidade do PORTO onde recarrego as baterias e me encontro comigo mesma no meio da azáfama e do barulho ensurdecedor do trânsito, dos palavrões tipicamente tripeiros e do sotaque familiar do "Carago" e do "Impecábel", as festas e arraiais minhotos na linda cidade de Viana do Castelo (nos poucos dias que tirei para a familia) e por fim, será Viseu, no reencontro com amigos e colegas de quem já tenho saudades de fazer e dizer disparates!!





Quem me conhece sabe que tenho uma paixão doida por Itália, mais propriamente por Florença. É uma cidade que me encanta, me instrui e me faz sentir bem. Uma cidade com arte, de arte e que tem a arte como fundamento base da vida quotidiana.





Mas não há nada como regressar a casa, sentir o nosso cantinho e regressar às origens. Gostamos sempre muito do que é dos outros, mas acredito que...





O que é Meu é sempre melhor!





O que é Nacional é bom...e nós, somos muito bons!



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Missing you...

Por todas as razões e por razão nenhuma...

Porque o nosso tempo foi pouco...ou muito...

Porque não fui só eu, nem só tu...fomos nós.


Por tudo e por nada...

porque sim e porque não...

Porque foi comigo e contigo...


Não sei bem porquê mas sinto saudade... imensa e profunda do que vivi e do que poderiamos ter vivido juntos... os momentos, as confidências, os risos e as lágrimas que poderiamos ter partilhado se tudo tivesse sido diferente.


Talvez um dia nos encontraremos, mas até lá...


Tenho saudades tuas!



terça-feira, 4 de agosto de 2009

Amigos

São poucos mas muito bons, não saberia viver sem eles. Alguns já me conhecem há anos (os mais antigos há mais de 10) outros são mais recentes, mas felizmente tenho tido a sorte de ir fazendo Amigos por onde passo e que vão permanecendo ao longo dos anos...o que é bom porque não sou uma pessoa de feitio fácil!


Há uns dias, enquanto recebia e respondia a umas quantas mensagens de telemóvel reparei que a forma como nos tratamos diz muito sobre a pessoa em si. Há aquelas pessoas mais directas, que tratam tudo pelos nomes e nesses casos as mensagens começam por "Amiga, ..."; depois temos aquelas pessoas com quem estamos sempre a "avacalhar" e a parvar, nesses casos as mensagens são mais animalescas "Porquita" ou outro animal qualquer que já está pré-definido dentro do grupo; para as amigas mais velhas somos as "Miúdas" ou as "Meninas"; há aqueles que nos elevam ao máximo "Linda", "Rei" (independentemente do género), os mais familiares "Olá Mana!" ou "Olá Tia!" e, por fim, os mais românticos e sonhadores "Princesa", "Fadinha", "Coração"...


São todos diferentes e poucos se conhecem mas têm uma coisa que os liga entre todos, a minha amizade e o meu carinho (que não é grande coisa, eu sei), é menos que ganhar o EuroMilhões, mas é o mais precioso que tenho.


Dou tudo pelos meus amigos e sei que eles dão tudo por mim...porque são, para mim, uma família muito bem escolhida.


Queixo-me de muitas coisas mas no fundo sou uma felizarda...tenho os melhores amigos que alguém, alguma vez poderia ter!




sábado, 1 de agosto de 2009

Esta semana...

Foi o descalabro!!!


Foram jantares, borgas, passeios, farras, encontros e reencontros com amigos recentes e de longa data.

Fazendo uma retrospectiva contam-se festivais de vinho, almoços e jantares com as amigas, tardes de parvalheira, muita gargalhada e doideira, e para finalizar em grande o reencontro com as amigas que há muito não via para um jantarzinho. Acabamos a noite no Ocean Spirit a ouvir Buraka e a beber imperial, eu alinhei nas Morangoskas (como era de esperar), o que foi bom pk foi da maneira que consegui dormir sem que o pieicing me doesse! Aliás, não houve nada que me doesse nessa noite, só o estômago no dia seguinte mas isso foi culpa da alface do jantar...acho que não estava bem lavada!


Está decidido, quando começar as férias vou-me portar bem! Mas até lá... mereço divertir-me e fazer as maluquices que me apetecer...fui boa menina todo o ano e são os últimos dias em que posso desbundar antes de me juntar à família, e fazer o papel de memina séria, bem comportada de quem não parte um prato nem diz uma asneira (todos sabem como sou, mas fica sempre bem terem só a ideia e nunca a confirmação) !!!


segunda-feira, 27 de julho de 2009

A vida como ela é...




Ainda não descobri o que isto é e nem sei se algum dia vou conseguir perceber esta faltinha danada de sorte (ou lá o que lhe chamam). Depois de uma manhã de sábado infernal que mais valia ter caído dura no chão a ter passado pela despedida mais imbecil de todos os tempos e uma tarde desastrosa, rumei a torres vedras para um serão animado com os meus amigos e sobrinhos.

Verdade seja dita que tinha os olhos que pareciam duas melancias (como é que o ser humano consegue chorar tanto por uma situação falhada....) a paciência do tamanho de um grão de arroz (ideal para conviver com crianças...) e uma vontade de fazer sei lá o quê (saber até sei mas parece mal dizer).

Sabe bem ser recebida com montes de beijinhos e miminhos. Perder alguém, seja de que forma for, nunca é fácil e estes carinhos ajudam sempre principalmente os sinceros e verdadeiros como os das crianças. Brinquei, sorri, chorei, parvei, disse o que devia e o que não devia...enfim, fiz tudo e não fiz nada e no final fomos todos ao Festival do Vinho do Bombarral. Provamos de tudo...branco, tinto, rosé, com gás, sem gás, licores... foi um fartote de provas a tentar perceber qual era o melhor vinho da feira.




De regresso a casa e desejosa por me enfiar na "minha" cama, parei em torres para deixar os miudos que vinham comigo no carro. Aquelas três criaturas mais doces e lindas conseguem sempre dar-me a volta... "Oh tia fica... dómes na mina cama!", "Goto muito de tia, fica comigo..." quando se está carente não se consegue resistir a isto, e lá fiquei eu com os meus pequenos principes e princesa.




Domingo...acordei inundada de beijos (souberam-me bem) e ao fim do dia finalmente consegui chegar a casa. Durante a viagem pensei em mil programas pa fazer...



1º - fazer as malas





2º - ir ao cinema





3º- pôr roupa a lavar, limpar e arrumar a bagunça que está a minha casa





Decidi pelo melhor programa de todos, meti-me na cama a ver televisão e a conversar na net com a fadinha lamparina.


Hoje vou resolver uma data de coisas pendentes... relatórios de auto-avaliação, jantares com os amigos, começar a arrumar as tralhas, cuidar de mim e ser feliz... Tenho-me esquecido de como é bom cuidar de mim e fazer coisas para eu gozo pessoal...ultimamente fazia e pensava em função dos outros, do que queriam, do que gostavam, do que os fazia felizes...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pré-férias

Quem está longe vê sempre as férias como uma oportunidade de encontrar os amigos que, infelizmente, durante o ano não tem oportunidade de ver tantas vezes quantas as que desejaria. Acontece isso comigo...

Quem me conhece e sabe que ando cá pela capital, sabe também que o mês de Agosto ( o mais foleiro e pimba de todos ) é o único que tenho dedicado à familia e aos amigos.

Alguns vão para fora (também merecem) outros ficam pelo mesmo sitio de sempre, o que para mim é bom porque tenho a oportunidade de pôr a conversa em dia e saber as novidades de um ano inteiro...se bem que as novidades de Abril já estão desactualizadas, mas isso não interessa nada!

O que interessa mesmo é que as férias estão aí e que me mudo de malas e bagagens para onde eu pertenço realmente. Não há nada melhor do que aquela sensação de "chegar a casa e desligar do mundo", pelo menos eu gosto...deixo tudo para trás e rumo em direcção a mim mesma, aos meus livros, à minha música e à minha praia.

Já não me lembro da última vez que li um livro que não tivesse ligado a deficiências ou a educação especial...um romance, um histórico...qualquer coisa é boa desde que não seja trabalho ou estudos. E é isso mesmo que vou fazer. Oficialmente só começo as férias no final do mês, mas as pré-férias começam já amanhã porque hoje é um bocadinho tarde.

Pessoal, aproveitem as férias e toca a ler uns livritos...são IN e estão na moda!
Boas Férias e Boas Leituras

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Despedidas...

Porque é que só quando chega o final do ano é que o pessoal convive como deve ser??

Todos os anos acontece a mesma coisa...deve ser mal do ser humano. Quando se aproxima o fim é que as pessoas se juntam, se conhecem e se dão a conhecer fora do ambiente de trabalho. Este ano não é excepção. Tem sido um fartote de almoços, jantares, convívios e afins...

Para falar a verdade já não me lembro da última vez que almoçei em casa... desde que as aulas terminaram os almoços com os colegas têm sido bem animados.

Cada um vai para seu lado...uns já com colocação, outros à espera...uns com perspectivas e outros nem por isso, mas a boa disposição é uma constante neste grupinho magnífico.

Desde jantares na praia até à meia-noite a experimentar caracóis, acho que pouco falta fazer... e o pouco que falta, está prestes a acontecer, mais uma ida à praia com chuva e tudo... uma mistura de Norte, Centro, Alentejo e outros que tal vão fazer a farra hoje à noite na praia em Oeiras...

Estão mesmo aí a chegar as férias e cada um vai para seu lado... é o queimar dos últimos cartuxos aqui na Capital do nosso pequeno mas muito rico Portugal!

domingo, 12 de julho de 2009

Má vida...

Com tanta pachorice que tinha metida em mim, tinha decidido ficar "de molho" e não fazer absolutamente nada. Ora, como devem imaginar, o cenário era um sofá bem fofinho, uma manta quentinha (porque sou tremendamente friorenta com os meus pés de cinderela) e um pijama aos ursinhos!

Já tarde da noite...(por volta das 23h) toca o telefone com um convite extremamente aliciante. 3 ou 4 pessoas (máximo) uns petiscos, copinhos e uns pézinhos de dança, que a malta bem gosta. A principio recusei...não é fácil sair de casa depois de tanta preguicite, mas enconstaram-e à parede, e isso não se faz!
Um belo Daikiri faz-me sempre sair de casa, e por incrivel que pareça, só a ideia de o saborear mais depressa fez com que me conseguisse arranjar linda e impecavelmente em menos de 20 minutos!
É verdade que gosto de muitas coisas, mas a má vida juntamente com os amigos... Sim, com os amigos porque de meninas eu era a única... faz-me sempre feliz. No fundo, só os homens conseguem ensinar as mulheres a lidar com as suas angústias e fazê-las encontrar maneiras arrepiantes que conseguirem levar a sua a diante com os respectivos.
Se as mulheres são más...os homens amigos dessas mulheres são bem piores!
Um brinde!


Todos temos direito...

Hoje decidi não fazer nada.
Simplesmente fiquei em casa, a relaxar. De tanto relaxar acabei por dormitar durante a tarde, coisa que já nem me lembrava de acontecer nos últimos meses...
Quando acordei lembrei-me da minha Fadinha... uma amiga excelente que leva com as minhas paranóias como já ninguém levava há muito muito tempo.
São estes momentos de pura molenguice, sem nada para fazer ou nada para pensar que a essência das coisas nos vem à cabeça e, finalmente, nos sentimos com disponibilidade espiritual para reflectir.
A vida tem muitas prioridades...mas hoje a minha foi só mesmo relaxar e sentir-me feliz pelos bons amigos que a vida me deu!
Afinal... todos temos direito a um bom amigo que nos ouça e nos dê na cabeça quando merecemos!!!